O governo federal estimou, na proposta de orçamento federal de 2014, que foi entregue nesta quinta-feira (29) ao Congresso Nacional, que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - que mede a inflação oficial do país, utilizado como referência no sistema de metas de inflação - será de 5% no ano que vem.

 

Ao subir os juros, o BC atua para controlar a inflação e, ao baixá-los, julga, teoricamente, que a inflação está compatível com a meta. Para 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.Com isso, o governo está informando que não acredita no atingimento da meta central de inflação em 2014 - fixada em 4,5% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Cabe ao Banco Central  fixar os juros básicos da economia para tentar atingir as metas de inflação.

 

"Pegamos uma previsão feita por vários analistas e uma percepção que temos na inflação no próximo ano, que será acima do centro da meta. Pode ser que estejamos equivocados. Essa não é a previsão do BC. É uma previsão que é tomada para a realização dos valores orçamentários. É uma base que temos de assumir para fazer o orçamento. O que tem valor é a previsão feita pelo BC", declarou o ministro Guido Mantega.

 

O Banco Central previu, em junho deste ano, no relatório de inflação (última estimativa oficial da autoridade monetária), um IPCA entre 5,2% e 5,4% - dependendo do cenário adotado.

 

Após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira (28), a instituição se limitou a dizer somente que a alta de juros, para 9% ao ano, a quarta consecutiva neste ano, "contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano".

 

FONTE: G1, 30 de agosto de 2013; fetraconspar.org.br