Operários pedem reajuste salarial de 15%.
Caminhada segui até a Avenida da Abolição.

 

No primeiro dia de greve, trabalhadores da construção civil realizaram um protesto por ruas da cidade e se reuniram no cruzamento entre a Avenida Abolição e Avenida Barão de Studart, em Fortaleza, na manhã desta segunda-feira (23). A polícia bloqueou a passagem do grupo para a Avenida Beira-Mar.

 

Segundo informações do coordenador sindical da categoria, Nestor Bezerra, os trabalhadores de Fortaleza, Maracanaú e Caucaia aderiram a greve, o que pode totalizar 15 mil operários parados.

 

Ainda de acordo com o sindicato, as negociações salariais dos trabalhadores ocorrem desde fevereiro sem resolução final. Os operários reivindicam 15% de reajuste salarial; plano de saúde completo; percentual de contratação 5% para mulheres; auxílio combustível para trabalhador que não usa o vale transporte; estacionamento nos canteiros nos canteiros de obra; e auxílio creche.

 

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), por meio de nota, afirmou que está aberto ao diálogo e que lamenta que os trabalhadores tenham desistido das negociações. O sindicato afirma que ofereceu reajuste de 7,84%.

 

O Sindicato dos empresários enviou uma nota a respeito da greve dos trabalhadores. Leia a íntegra:

 

O Sinduscon-CE  lamenta que o Sindicato dos Trabalhadores da Construção em Fortaleza e Região Metropolitana (STICCRMF), ligado ao movimento CSP-Conlutas, tenha abandonado a mesa de negociações e optado por manifestações públicas que causam transtornos a mobilidade urbana de nossa cidade, chegando a registrar episódios de violência em algumas áreas. O Sinduscon-CE continua aberto ao diálogo. As negociações, no entanto, chegaram a um impasse imposto pelo Sindicato dos Trabalhadores, que só aceita negociar a partir da pauta de implantação de plano de saúde, que representaria, além do aumento de custos no setor, uma série de outras implicações na área legal e de gestão de pessoas dentro das empresas. O Sindicato dos Trabalhadores também insiste em manter na pauta reivindicações como a criação de estacionamento nos canteiros de obra e auxílio combustível para veículos e outros benefícios que, somados, chegam a representar mais de 50% de reajuste. As empresas da construção civil apresentaram propostas de aumento real, com 7,84% de reajuste no piso, além de outros benefícios.

 

 

 

Fonte: G1, 24 de junho de 2014; fetraconspar.org.br