TJLP serve de referência para empréstimos do BNDES ao setor produtivo.
Taxa está neste patamar, o menor da história, desde o início de 2013.

 

O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu nesta quarta-feira (25) manter a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) em 5% ao ano para o terceiro trimestre de 2014, segundo resolução publicada na página do Banco Central na internet.

 

A taxa serve de referência para os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao setor produtivo. Os juros de longo prazo estão neste patamar, o menor da história, desde o início de 2013.

 

"A TJLP é uma taxa de longo prazo. É diferente da Selic, que é de curto prazo. Está mantida nossa orientação de crescimento baseada em investimento. No último ano, enquanto a economia cresceu 2,5%, taxa de investimento subiu 5,2%. A taxa de crescimento do investimento cresce mais e tem acontecido nos últimos anos. A TJLP cumpre essa função de um horizonte de tempo maior para o investimento", declarou o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland.

 

Também nesta quarta-feira, o Tesouro Nacional informou que foram emitidos mais R$ 30 bilhões em títulos públicos como forma de empréstimo para o BNDES. Nos últimos anos, o governo já emprestou mais de R$ 300 bilhões para o banco público, o que elevou, em igual proporção, a dívida pública.

 

O objetivo dos empréstimos do Tesouro Nacional para o BNDES é prover a instituição financeira com recursos para realizar empréstimos ao setor produtivo. Recentemente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), implementado por meio do BNDES, valerá também 2015.

 

Até o momento, a previsão da equipe econômica era que o programa terminasse no fim deste ano. Por meio do PSI, as empresas obtêm empréstimos no BNDES para investimentos produtivos com juros baixos, subsidiados pela Secretaria do Tesouro Nacional.

 

"Não falamos em valores [para o PSI em 2015]. Neste ano, é de R$ 80 bilhões [em empréstimos para o setor produtivo]. Não fixamos ainda o valor para o próximo ano. Provavelmente será similar [ao de 2014]. Não está definido o valor. Vamos ter de fazer uma MP, mais para o fim do ano, estabelecendo o valor e taxas de juros. As taxas de juros não foram definidas ainda [para o próximo ano]", declarou Mantega na semana passada.

 

 


Fonte: G1, 26 de junho de 2014; fetraconspar.org.br