Dois operários ficaram feridos durante o confronto, diz sindicato.
Polícia afirma que operários queriam invadir obras de shopping RioMar.
Operários da construção civil entraram e Polícia Militar entraram em confronto na manhã desta quinta-feira (26), nas proximidades do canteiro de obras do shopping RioMar, no Bairro Papicu, em Fortaleza. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (STICCRMF) dois operários ficaram feridos durante o confronto. A Polícia Militar disse que precisou impedir a invasão do shopping e que os ferimentos não foram causados pela polícia.
Segundo o STICCRMF, o protesto começou às 7h e quando os operários se aproximavam do canteiro das obras, a polícia usou bombas de efeito moral e balas de borracha, ainda conforme o sindicato, os feridos foram encaminhado a um hospital.
Polícia nega agressões
De acordo com o tenente coronel Fernando Albano, relações públicas da Polícia Militar, os operários da construção civil queriam invadir as instalações do shopping e atrapalhar funcionários que trabalhavam no local.
O relações públicas informou também que foi utilizada a força policial necessária para proporcionar "o direito de ir e vir do cidadão fortalezense". Sobre as agressões e os dois lesionados, Albano disse que não foram ferimentos provocados pela polícia, mas sim pelos próprios operários da construção civil.
Reivindicações
A maior parte dos manifestantes era composta por trabalhadores da construção civil. As reivindicações dos operários envolvem 15% de reajuste salarial, cesta-básica de R$ 150,00, plano de saúde, um acréscimo de 5% de vagas exclusivamente para mulheres nos canteiros de obras, hora-extra no trabalho aos sábados de 100%, auxílio-creche, e a criação do dia do trabalhador da construção civil.
Sinduscon
O Sindicato da Indústria da Construçao Civil (Sinduscon-CE), por meio de nota, ''lamenta a postura violenta das manifestações coordenadas pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (STICCRMF), ligada ao movimento CSP-Conlutas (PSTU). Até o momento, foram registrados mais de 78 Boletins de Ocorrência, relatando invasões de canteiros, com agressões físicas aos trabalhadores destas obras, furtos e depredação de bens materiais, sendo 13 somente na manhã desta quinta-feira (26)''.
O Sindicato dos Trabalhadores considera ''fora da realidade econômica'', a pauta de reivindicações dos trabalhadores, ''que inclui a criação de estacionamento nos canteiros de obra, auxílio combustível para veículos e outros benefícios que, somados, chegam a representar mais de 50% de reajuste'', diz.
Fonte: G1, 27 de junho de 2014; fetraconspar.org.br