“Henrique Meirelles também é bem-visto, mas é tido com poucas chances. Dentre os que têm condições de ganhar, há muita desconfiança em relação a Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PSL) e candidatos de esquerda”, afirmou o economista do mercado.
Ele disse ainda que a oficialização da aliança do tucano com o chamado Centrão ajudou a reduzir os fatores de incertezas em relação à economia brasileira em 2018. Em diversas pesquisas e sondagens feitas juntos a economistas ligados ao mercado, a pressão era para que a direita acabasse e apresentasse rapidamente uma alternativa que pudesse se contrapor aos candidatos da esquerda, principalmente ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera as pesquisas de intenções de voto.
“Basta ver o que aconteceu com a taxa de câmbio. O dólar, que estava rondando R$ 3,80, está por volta de R$ 3,70. Chegou a ficar abaixo disso. Essa apreciação que o real teve nos últimos dias, no meu entendimento, é reflexo desse acordo”, disse o economista sobre a reação do mercado após o anúncio do acordo do tucano com o centrão.
Newton também aproveitou para mandar um recado do mercado. Disse que “se o resultado das eleições for muito diferente do que o mercado espera, a forte desvalorização cambial causada por esse ambiente mais hostil levaria o Banco Central a antecipar o início da normalização da política monetária”.
Questionado sobre o que o mercado espera do próximo presidente, o economista disse que seja eleito um presidente "afinada com as reformas", como foi o governo de Michel Temer.
Fonte: Vermelho/ Fetraconspar, 30 de julho de 2018.