Índice ficou em 46,8%, menor nível desde 2002, quando ficou em 21,9%.
Indicador caiu 3,8 pontos ante 3º trimestre de 2013, quando foi de 50,4%.

O índice de consumidores que pretendem comprar bens duráveis no período de julho a agosto de 2014 é de 46,8%, aponta pesquisa divulgada nesta quarta-feira (2) pelo Programa de Administração do Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração (Fia). O indicador é 6,6 pontos percentuais menor do que o registrado no segundo trimestre de 2014, quando estava em 53,2%.

Esta é a intenção mais baixa entre terceiros trimestres desde 2002, quando o patamar foi de 21,9%, diz a pesquisa.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, mais adequada às atividades sazonais do varejo, o índice representa uma queda de 3,8 pontos - no terceiro trimestre de 2013, 50,4% dos entrevistados sinalizavam a intenção de comprar pelo menos um item de uma das mesmas categorias de bens duráveis pesquisadas.

Em nota, Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Conselho do Provar/Fia, avalia que os resultados do levantamento reforçam a ideia da forte desaceleração do consumo em 2014.

"Já no trimestre passado observa-se a menor intenção de compra nos últimos dez anos. Agora, essa nova sondagem reitera o fraco desempenho das vendas de varejo. O percentual de intenção de compra é o mais baixo dos terceiros trimestres desde 2002", afirma o especialista.

De acordo com a Provar, a amostra é composta por 500 consumidores da cidade de São Paulo e analisa a intenção de compra e de gasto em relação a diversas categorias de produtos (eletroeletrônicos; informática; cama, mesa e banho; cine e foto, móveis; telefonia e celulares; material de construção; linha branca; vestuário e calçados; automóveis e motos; imóveis; eletroportáteis; viagens e turismo), avaliando também a utilização de crédito nas compras de bens duráveis.

Entre os itens que serão mais adquiridos pelos paulistanos neste período estão imóveis, com 125%, vestuário e calçados, com 20,8%, viagens e turismo, com 12,8%, e eletroeletrônicos, com 9%.

Fonte: G1, 03 de julho de 2014; fetraconspar.org.br