Soma de dívidas em atraso está entre R$ 500 e R$ 2 mil para 36% do total.
Fatia de consumidores com até 30 anos entre inadimplentes caiu para 19%.

 

Pouco mais da metade dos consumidores inadimplentes, 54%, pertencem à classe C, e outros 39% a classe B, aponta pesquisa divulgada nesta quinta-feira (17) pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), com dados do segundo trimestre.

 

De acordo com a pesquisa, o nível de inadimplentes subiu 3,8% no segundo trimestre deste ano sobre o primeiro e 2,7% ante o mesmo período do ano passado.

 

O estudo revela também que a parcela de jovens na população endividada caiu no seguntro trimestre de 2014 na comparação com o primeiro trimestre, crescendo entre os que têm 56 anos ou mais.

 

De acordo com a divulgação, a fatia de consumidores na faixa de até 30 anos entre os inadimplentes recuou de 22% para 19% no período, a de quem tem 31 a 35 anos caiu de 15% para 12%. Já entre os que têm 56 anos ou mais o percentual cresceu de 13% para 17%, segundo a pesquisa "Perfil do Inadimplente".



O levantamento mostrou crescimento de 65% para 77% da proporção de consumidores que disseram não estar comprometidos com outras dívidas nos próximos meses, além daquelas que causaram restrição. Outros 14% informaram que estão comprometidos por mais de 12 meses com endividamento. Apesar disso, 99% afirmaram estar em condições de quitar suas dívidas.

 

Do total, 36% afirmaram que a soma das dívidas em atraso está entre R$ 500 e R$ 2 mil, outros 32% disseram que têm dívidas de até R$ 500, e outros 32%, acima de R$ 4 mil.

 

O desemprego continua a ser o principal motivo da incapacidade de pagamento, com 33%, mas teve queda de 3 pontos percentuais na comparação com o 1º trimestre. O descontrole financeiro aparece em seguida, com 22%.

 

Formas de pagamento


Entre as formas de pagamento utilizadas na compra ou negócio que gerou a inadimplência, um terço dos entrevistados (29%) aponta o cartão de crédito, seguido de carnê e boleto (28%). Outros 16% afirmaram que o meio de pagamento utilizado foi o cheque e 13% o empréstimo pessoal, com destaque para as classes D e E, em que o crédito pessoal saltou de 12% para 23% como meio utilizado

 

A compra de móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos gerou o endividamento para 20% dos entrevistados, seguida pela compra de vestuário e calçados, que cresceu de 15% para 18% na comparação com o período anterior.

 

 

 

Fonte: G1, 18 de julho de 2014; fetraconspar.org.br