IBGE informou que em agosto inflação fechou 0,01% acima da meta.
Para Dilma, governo faz 'todo esforço' para manter inflação sob controle.

 

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (5) que tem compromisso com a meta da inflação, de 6,5%, mas que para isso não vai desempregar o "povo brasileiro".

 

A presidente criticou aqueles que, segundo ela, sugerem que a pressão inflacionária pode ser causada pelo pleno emprego. Nesta sexta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou a inflação dos últimos 12 meses, que chegou em 6,51% em agosto. O teto da meta é de 6,5%.

 

"Meu compromisso é com a meta de inflação. Eu procurarei sistematicamente buscar o centro da meta. Agora para isso, não vou desempregar o povo brasileiro porque muitas vezes o que está por trás dessa discussão é: 'vocês não acham necessário desempregar um pouco, porque está muito alto o emprego? Porque nós estamos com pressão, porque estamos muito no pleno emprego? Vocês não acham que tem que parar de valorizar o salário mínimo?'", disse a presidente.

 

A presidente discursou na Expointer, feira agropecuária em Esteio (RS), na região metropolitana de Porto Alegre.

 

Ela disse ainda que o governo procura sempre o centro da meta  (4,5%) e que "faz todo o esforço" para manter a inflação sob controle.

 

"A meta é 4,5%, mas dois para cima e menos dois para baixo. O centro da meta é 4,5%. Eu, a minha preocupação, é sempre mirar no centro da meta e caminhar para que cada vez mais prossigamos para colocar a inflação o mais baixo possível", afirmou.

 

Ela disse ainda que, em 15 anos de meta de inflação, o índice esteve na maior parte das vezes pouco acima do centro da meta.

 

"A verdade é que no período de mais ou menos nos 15 anos em que temos meta de inflação, em nove anos sempre estivemos pouco acima do centro da meta. Nunca estivemos sistematicamente no centro, a não ser em três anos se não me engano", afirmou a presidente.

 

'Cachorro'

A presidente disse que é criticada "por ter cachorro e não ter cachorro".

 

"Aqueles que dizem que não tenho cachorro, que sou criticada por isso, dizem o seguinte: 'está deixando a inflação fugir do centro da meta'. [...] Os outros que falam que eu tenho cachorro, dizem que eu manipulo os preços, que não dou reajuste para a gasolina", declarou.

 

Dilma afirmou que, o reajuste dos preços da gasolina acumulou 31% durante o governo dela.

 

"Se a gente descontar o IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Ampliado, indicador oficial da inflação], vocês obterão a inflação real. Então, a gasolina se comportou pouco acima da taxa de inflação do IPCA", afirmou.

 

 

 

Fonte: G1, 06 de setembro de 2014; fetraconspar.org.br