A economista Maria Eduvirges Marandola lembra que os alimentos pesam muito no orçamento das famílias, por isso, considera preocupante a elevação de 17,86%. "A primeira coisa que o pai de família faz quando recebe o salário é a compra no supermercado", ressalta. A economista alerta que apenas as pesquisas podem diminuir o impacto dos preços dos alimentos na renda mensal e que, nem sempre, fazer a compra do mês é a melhor saída. 


Para ela, as famílias brasileiras já estão convivendo com um "arrocho" no orçamento, em função da instabilidade da economia nacional, e o quadro para o restante do ano é incerto. "Muitos destes itens (da cesta básica) dependem de sazonalidade, do clima, mas como a gente tem uma pressão inflacionária pode ser que tenhamos alguns meses ainda de alta", pondera. A economista tem apenas uma certeza para 2015. "Que vai ser bem complicado, com oscilação de preço, já sabemos, mas como vai se comportar, se vai continuar pressionando ou vai amenizar, temos que esperar uns quatro meses para saber".

 

 

 

Fonte: Folha de Londrina, 06 de janeiro de 2015; fetraconspar.org.br