Nas contas do governo federal, a mudança na concessão do auxílio-doença e das pensões economizará R$ 2 bilhões por ano aos cofres do Tesouro Nacional. As alterações propostas pelo governo por meio das MPs 664 e 665 servem, na versão oficial, para estancar a trajetória de crescimento das concessões de auxílio-doença. Em 2013, o governo gastou R$ 22,96 bilhões com o pagamento desse benefício, quase 27% a mais do que no ano anterior, quando foram pagos R$ 18,09 bilhões. No acumulado de janeiro a novembro de 2014, foram concedidos 2,5 milhões de benefícios adicionais.
De acordo com levantamento realizado pelo INSS a pedido da FOLHA, foram concedidos 14 mil benefícios de auxílio-doença previdenciário e por acidente de trabalho por mês no Paraná. Só em dezembro de 2014, foram pagos R$ 11,383 milhões em auxílio-doença previdenciário e R$ 1,380 milhão em auxílio-doença por acidente de trabalho. O tempo médio de afastamentos é de 120 dias.
As despesas cresceram nos dois últimos anos por dois fatores principais: elevação de pedidos por usuários de drogas e indenizações pagas decorrentes de acidentes de trânsito. Na avaliação do Ministério da Previdência, a experiência internacional mostra uma maior responsabilização das empresas nos casos de doença dos trabalhadores.
Fonte: Folha de Londrina, 02 de fevereiro de 2015; fetraconspar.org.br