Demissões são reflexo da desaceleração do mercado de imóveis.
Em SP, as vendas despencaram 35% em 2014.

 

A crise na economia brasileira levou o número de demissões a superar as contratações na construção civil pela primeira vez em 11 anos.

 

Servente de pedreiro desempregado, William Firme diz que está sem condições de criar os quatro filhos.

 

O caso dele não é exceção. Em 2014 a construção civil perdeu mais de 110 mil empregos formais e encolheu pela primeira vez desde 2003.

 

Os números deste ano mostram que os cortes continuam. No mês de janeiro, quase 10 mil vagas foram fechadas e tem construtora fechando e demitindo em massa.

 

As demissões são o principal reflexo da desaceleração do mercado de imóveis. Em São Paulo, o número de lançamentos caiu 7% no ano passado, enquanto as vendas, despencaram 35%. Tem imóvel encalhado também em Belo Horizonte.

 

O aumento das demissões no setor que absorve muita mão-de-obra, pouca experiência acaba gerando mais tensão na economia. Os trabalhadores sentem dificuldade de se adaptar a outras funções e isso representa mais tempo de espera para voltar ao mercado de trabalho.

 

William conta que tentou virar trocador de ônibus e mandou currículos para o comércio, fez entrevista, mas nada deu certo até agora.

 

 


Fonte: G1, 12 de março e 2015; fetraconspar.org.br