Número de contratações é comparativo entre 2014 e 2013, diz sindicato.
Sinduscon-AP espera novo incentivo ao setor pelo Governo Federal.

A área da construção civil no Amapá fechou 2014 com queda de 40% nas contratações, em relação a 2013, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-AP). A entidade aponta a crise nas empresas de mineração no estado como um dos principais motivos para a diminuição de postos de trabalho. No Amapá, os principais ramos de empregos nesse setor, além das mineradoras, são construções de conjuntos habitacionais de iniciativa federal.


O presidente do sindicato, Glauco Cei, disse que houve uma série de demissões de trabalhadores nas empresas que atuam com extração de minério nos municípios de Pedra Branca e Serra do Navio. Entre elas, está a Zamin Ferrous, que alegou incapacidade de estocar minério de ferro e fez demissões em massa. “Com ela, outras empresas foram paralisadas. Uma grande quantidade de amapaenses foi demitido e com essa crise, a situação no Amapá se agravou mais ainda”, falou Cei.


A baixa oferta de postos de trabalho atinge não só o Amapá, mas todo o país, conforme um estudo do Sinduscon-SP, que apontou uma queda de 0,14% nas admissões ao longo do ano, redução que não acontecia há 12 anos. A Região Norte foi a mais atingida, com menos 3,53% nas contratações, sendo menos 8.212 empregos diretos. Glauco Cei reforçou que pelo menos 75% das vagas do setor de construção civil estão com trabalhadores de baixa renda.


Nos conjuntos habitacionais em obras emMacapá, como o Macapaba e o São José, o término dos serviços provoca a redução na contratação de trabalhadores, segundo o Sinduscon. “As obras em andamento, como os conjuntos, estão perto de serem entregues, e por isso estão diminuindo a mão-de-obra. Em momentos de grandes crises econômicas a primeira coisa que acontece é o incentivo à construção civil, e até agora não foi sinalizada nenhuma alternativa”, lamentou.


Fonte: G1, 23 de março de 2015; fetraconspar.org.br