O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), contestou, nesta terça-feira (6), que o governo tenha sido derrotado por causa do cancelamento da sessão do Congresso Nacional que iria apreciar vetos presidenciais polêmicos, como o veto total ao projeto de reajuste de até 78,56% para servidores do Poder Judiciário (PL 7920/14) e o veto ao dispositivo que assegura aumento para aposentados pelo mesmo índice de correção do salário mínimo (MP 672/15).

Guimarães garantiu que a sessão do Congresso, remarcada para esta quarta-feira (7), vai mostrar que o governo tem força para manter os vetos. "Havia 288 parlamentares na Casa, e apenas 196 estavam no Plenário na hora em que a sessão foi encerrada. Amanhã o governo vai garantir quórum para resolver essa questão. Não foi derrota de ninguém. Não teve quórum porque muitos parlamentares não estavam sequer na Casa", explicou o deputado.
 

O líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), disse que alguns partidos orientaram a obstrução da sessão do Congresso em razão da não votação, pelo Senado, da Proposta de Emenda à Constituição da Reforma Política (PEC 182/07). Picciani afirmou que seu partido vai votar pela manutenção dos vetos e garantir o quórum da votação: "Alguns partidos orientaram a não marcação de presença não por insatisfação com o governo, mas uma cobrança ao presidente do Senado Federal para que vote a PEC da Reforma Política".
 

Já o líder do Democratas, deputado Mendonça Filho (PE), afirmou que o governo fracassou na reforma ministerial para assegurar a manutenção dos vetos. "Foi fraqueza do governo. A bancada governista não se fez presente, e é quem teria responsabilidade de assegurar o quórum. Foi a primeira derrota do governo, e talvez haja a necessidade de fazer a reforma ministerial da reforma."
 

Visita ao TCU 
Mendonça Filho comentou, ainda, a visita de alguns deputados da oposição ao Tribunal de Contas da União (TCU) realizada nesta terça-feira. "A oposição esteve no TCU com o presidente Aroldo Cedraz para manifestar apoio à instituição, pela independência dos ministros e da própria Corte, para que esta possa decidir sobre as contas da presidente com independência". A sessão do TCU para analisar as contas da presidente Dilma Rousseff de 2014 está marcada para esta quarta-feira (7), às 17h.
 

A sessão do Congresso Nacional para votação de vetos presidenciais foi remarcada para esta quarta-feira (7), às 11h30.


Fonte: Agência Câmara, 07 de outubro de 2015; fetraconspar.org.br