Pesquisa foi realizada pela CNI com 629 empresas do setor em outubro.
Alta do pessimismo contribuiu para reduzir intenção de investimento, diz.
O nível de atividade e tamb
ém de empregados da indústria da construção recuou em setembro, o que contribuiu para aumentar o pessimismo dos empresários do setor para os próximos meses, segundo levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 629 empresas do setor entre 1º e 15 de outubro.
Dados indicam queda na atividade
(Foto: Divulgação/Agência Alagoas)
No mês passado, o índice de atividade registrou 35,9 pontos, contra 36,2 pontos em agosto, assim como o número de empregados somou 35,2 pontos. Como ambos indicadores se mantêm abaixo da linha dos 50 pontos, informou a entidade, isso indica queda da atividade e do emprego no segmento em relação ao mês anterior.
Já a utilização da capacidade de operação, que foi de 59% no mês passado, permanece oito pontos abaixo do registrado em setembro de 2014, acrescentou a Confederação Nacional da Indústria.
Expectativas pioram
Segundo a CNI, a expectativa em relação ao nível de atividade, calculada em outubro, somou 37,7 pontos, contra 39,5 pontos em setembro. "O índice de expectativa do número de empregados assinalou 35,7 pontos frente a 37,3 pontos no mês passado. Os índices variam de zero a 100 pontos e valores abaixo de 50 pontos indicam pessimismo", acrescentou a entidade.
A elevação do pessimismo em relação à atividade contribuiu para reduzir mais a intenção de investimento para os próximos meses, informou a CNI. O indicador, que registrou 25,2 pontos em outubro, atingiu o menor valor da série histórica, iniciada em novembro de 2013. Esse índice foi puxado, sobretudo, pelo setor de obras de infraestrutura, que assinalou 23,1 pontos, acrescentou.
De acordo com análise da entidade, uma das causas para a baixa intenção de investimento em obras de infraestrutura está na "relevância" dos recursos do governo para o segmento e dos programas de concessões de infraestrutura. “O ajuste fiscal em curso, necessário para a estabilização da economia, tem restringido investimentos nesse segmento e impactado o indicador de intenção de investimento”, avalia a CNI.
Carga tributária
Entre os principais problemas enfrentados pelo segmento no terceiro trimestre foram a elevada carga tributária, apontada por 39,6% dos empresários, e a alta taxa de juros, assinalada por 36,6% dos entrevistados.
"A demanda interna insuficiente, que no trimestre anterior estava na quarta posição, subiu para a terceira colocação, com 30,7% das respostas. Conforme a Sondagem, a forte retração da atividade econômica e o alto nível da taxa de juros contribuíram para a redução da demanda", informou a CNI.
Fonte: G1, 27 de outubro de 2015; fetraconspar.org.br