Evento com mais de 30 expositores confirmados busca unir compradores e vendedores e aproveita retomada dos financiamentos pelo SBPE
A retomada da oferta de financiamentos pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) por parte da Caixa Econômica Federal (CEF) deve ajudar a impulsionar a décima edição da Feira de Imóveis de Londrina, dos dias 13 a 15, no Pavilhão Nacional do Parque de Exposições Ney Braga. A expectativa dos organizadores é de igualar o volume projetado de negócios de 2014, que foi de R$ 75 milhões. Entre os expositores confirmados estão quatro construtoras, duas incorporadoras, 15 imobiliárias e mais 15 corretores autônomos, além de representantes do banco estatal.
Com estacionamento e entrada gratuitos, o objetivo da feira é unir compradores e vendedores em um mesmo recinto, para facilitar os negócios. A organização é do Sindicato dos Corretores de Imóveis de Londrina e Região (Sincil), do Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi-PR), do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 6ª região do Paraná (Creci) e do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) Norte do Paraná, em parceria do Grupo Folha.
Mesmo com a crise econômica nacional, o presidente do Sincil, Marco Antônio Bacarin, afirma que o adiamento da feira, que tradicionalmente ocorre em maio, permitiu que se aproveitasse a retomada da oferta de crédito pelo SBPE pela Caixa. "Isso traz um alento para quem depende dessa modalidade de financiamento e acreditamos que vai ajudar na retomada do mercado."
Com recursos oriundos de depósitos na caderneta de poupança, o SBPE é mais usado para imóveis de valores maiores. Depois de seis meses em que houve mais saques do que depósitos no banco estatal, a captação líquida ficou estável e o banco voltou a operar com fundos do sistema.
Gerente de construção civil da superintendência regional da Caixa, Olides Millezi Júnior diz, entretanto, que o ano é de maior disponibilidade de recursos por meio do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). "Esperamos igualar os cerca de mil atendimentos e os R$ 100 milhões em simulações feitos na feira no ano passado."
Para o presidente do Sincil, ainda há demanda por imóveis. Ele cita quase 10 mil cadastrados na fila da Companhia de Habitação de Londrina (Cohab) e o grande número de pessoas que procuram a Caixa para financiamentos. "O que diminuiu foi aquele alvoroço que existia no mercado imobiliário, mas a procura continua e Londrina é uma das cidades que mais se comportou, sem a queda no valor do metro quadrado que houve em outros lugares", diz Bacarin.
Vice-presidente do Sinduscon, Célia Catussi acredita que é o momento de aproveitar as oportunidades. "Temos notícias de que, em feiras que ocorreram em outras cidades, as pessoas estão procurando um upgrade para suas residências e vivemos em uma região forte no agronegócio, que sente menos a crise."
Serviço
O evento será das 13 às 21 horas na sexta-feira, dia 13, e no sábado (14) e das 10 às 19 no domingo (15). Serão oferecidos imóveis desde valores que se enquadram no Minha Casa Minha Vida até acima de R$ 1 milhão. Ainda, os organizadores criaram uma praça de imóveis neste ano, para corretores anônimos apresentarem ofertas ao público.
Fonte: Folha de Londrina, 06 de novembro de 2015; fetraconspar.org.br