O IBGE não divulga previsões dos PIBs estaduais, já o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) estima que o Paraná tenha crescido mais que o dobro do índice nacional em 2013, algo em torno de 5%. Para o economista do instituto, Francisco de Castro, há uma "exaustão" no método de condução da economia nacional, com pressão inflacionária e aumento dos juros. 


Os estados e municípios, apesar de serem afetados, seguem padrões diferentes. O Paraná se beneficia da força do agronegócio, que reflete, também, no desempenho da indústria. Para Castro, a interiorização de investimentos e o aumento da renda da população impactam posivitamente no Estado. "O comércio interno teve crescimento de 7% em 2013 e a gente vê que os setores que puxaram foram perfumaria e veículos, que não são bens essenciais", destaca. 


Em relação à produção industrial, mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE, o crescimento paranaense foi de 5,6% em 2013, contra apenas 1,2% em nível nacional. O resultado é o segundo melhor entre os estados brasileiros, atrás apenas do Rio Grande do Sul (6,8%). 


Na opinião de Castro, há incertezas em relação a 2014, com a Copa, eleições presidenciais, instabilidade na zona do Euro e incertezas quanto à condução da economia norte-americana. No entanto, ele é otimista em relação ao desempenho paranaense. "O ambiente de negócios no Paraná é favorável, mesmo para a exportação, principalmente de soja, carne e setor automotivo", destaca. (C.F.)

 

 

 

Fonte: Folha de Londrina, 28 de fevereiro de 2014; fetraconspar.org.br