A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE/SP) concluiu nesta quinta-feira (3) ação que culminou com o resgate de sete trabalhadores encontrados em situação análoga à de escravo nas obras de uma escola localizada no Capão Redondo, Zona Sul da capital paulista.

 

Os sete homens resgatados foram aliciados no município de Barras, no Piauí, e estavam confinados num pequeno quarto, não tinham folga, não recebiam salários e tiveram os documentos retidos pela empresa. Eles vieram a São Paulo com a promessa de ganhar por produção, mas durante os mais de dois meses que permaneceram trabalhando receberam apenas mil reais e ainda tiveram o valor da passagem - do ônibus clandestino - descontado desse total.

 

No acordo firmado pela SRTE/SP, os trabalhadores receberão da empreiteira Kallas Engenharia, empresa contratada pela Prefeitura paulista para construir a escola, todas as verbas rescisórias e os salários referentes aos meses trabalhados. Além disso, a empresa se comprometeu a pagar a hospedagem dos dias em que os trabalhadores foram resgatados e as passagens aéreas para que eles voltem para sua cidade de origem.

 
 A denúncia da situação dos trabalhadores foi feita pelo CSP/Conlutas, que participou da mesa redonda com a presença do superintendente da SRTE/SP, Luiz Antonio Medeiros, com auditores fiscais, representantes da Prefeitura Municipal de São Paulo, da empreiteira Kallas e do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil (Sintracon/SP), que assumiu a tutela pelos trabalhadores resgatados. 
 
 
 
Fonte: Blog do Trabalho, 07 de abril de 2014; fetraconspar.org.br